Diogo Cata Preta

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Espionagem no Skype chinês causa revolta

RIO – Usuários mais experientes em internet na China começaram a evitar o uso da versão do Skype oferecida pelo parceira oficial no país há cerca de dois anos, mas as notícias de que a empresa filtra e armazena mensagens de texto enviadas pelo serviço levantou novas preocupações em relação ao seu comprometimento com a privacidade.

A empresa norte-americana pode enfrentar uma forte reação nos EUA e na China por comprometer princípios básicos para se adequar às exigências dos censores chineses, alertam analistas.

– Pode ser que nós nunca saibamos se essas pessoas cujas conversas foram gravadas foram presas ou tiveram suas vidas arruinadas – disse Rebecca MacKinnon, uma especialista em internet da Universidade de Hong Kong – Este foi um grande golpe na credibilidade do Skype, apesar dos executivos da empresa estarem tratando o assunto como se não fosse tão grave.

O Skype, que promete total segurança e privacidade, tornou-se muito popular na China entre pessoas que queriam manter suas conversas privadas longe dos ouvidos dos censores do governo.

Nesta quinta, no entanto, a empresa teve de se desculpar depois que um relatório revelou que o governo chinês não só monitora textos de chats privados com palavras-chave específicas, o que já havia sido admitdo, como também armazena o material junto com milhões de registros pessoais em computadores que podem ser facilmente acessados por qualquer um.

O Skype afirma que apenas conversas em que pelo menos um dos participantes utilizava o software chinês foram afetadas.

Entre os usuários mais experientes da China, no entanto a notícia não causou muita surpresa. Muitos já suspeitavam do software fornecido pela TOM Online Inc., sócios majoritários da joint-venture TOM-Skype na China, e não usavam a versão original.

– Nós já sabíamos que o programa não deixava passar mensagens com algumas palavras, então entendemos que eles tinham alguma acordo com o governo e evitamos o software – disse Wang Lixiong, um escritor dissidente.

O aviso de que o TOM-Skype não era seguro foi espalhado em blogs e outras redes de comunicação. A página oficial do Skype na China redirecionava os usuários para baixar essa versão e não a internacional.

Ainda assim, houve revolta com a extensão da colaboração de um gigante ocidental, que se curvou ao poder comercial da China.

– O problema do Skype é que eles fizeram mais do que as pessoas temiam. Eles foram condescendentes demais com o governo – disse Isaac Mao, um dos mais antigos e famosos blogueiros da China.

O Yahoo já foi muito criticado por ajudar o governo chinês a identificar Shi Tao, um repórter acusado de vazar segredos de Estado. Ele foi condenado a 10 anos de prisão em abril de 2007.

O Google, que tem como lema “Não seja mau”, também irritou muitas pessoas ao lançar um site auto-censurado no país.

A TOM disse apenas que a empresa obedeceu aos regulamentos e regras chineses. A defesa foi ridizularizada por algumas das vítimas do monitoramento.

– A gente precisa interrogá-los: a constituição estipula que os cidadãos tem liberdade de correspondência e direito a segredo de correpondência. Vocês cumpriram essa Lei Magna? – questiona um post em um fórum.

Wang disse que o controle governamental sobre os telefones e outros programas de internet o deixou com poucas opções além de usar a versão internacional do Skype. Mas mesmo essa tem falhas de segurança preocupantes. Ele diz que o programa permite que um usuário abra sua conta em dois computadores diferentes sem que o primeiro seja notificado.

– Se a sua senha for roubada, tudo que é feito no Skype pode ser lido e copiado em outro computador sem que o usuário original – alerta.

Google lança projeto para oferecer internet via satélite de baixo custo

RIO – Oferecer internet via satélite para 3 bilhões de pessoas a baixo custo é o novo projeto do Google, em parceria com a Liberty Global e o HSBC Principle Investments. O consórcio pretende adquirir 16 satélites de baixa órbita para oferecer acesso a países próximos à linha do Equador, na África, América Latina e Oriente Médio. A fase inicial terá metade desses satélites e deve entrar em operação em 2010.

O projeto “O3b” (Outro 3 bilhões, também na sigla em inglês) já tem US$ 65 milhões investidos pelas três empresas, mas os recursos podem chegar a US$ 750 milhões, segundo o jornal Financial Times. Larry Alder, do Google, disse ao jornal inglês que o projeto pode baixar o custo do acesso à banda larga em atpe 95%.

Dia das mães: internet deve responder por R$ 445 milhões em vendas

Os presentes para o dia das mães comprados pela internet devem movimentar cerca de R$ 445 milhões entre 25 de abril a 11 de maio. É o que estima a empresa de pesquisas em comércio eletrônico e-bit. De acordo com a companhia, se confirmado, este volume representa um crescimento de 55% em relação ao faturamento obtido em 2007, que foi de R$ 287 milhões.

Os usuários também devem gastar mais em cada opção de presente adquirida pela internet. Segundo a e-bit, o tíquete médio deve ficar em R$ 315, até 4 pontos percentuais acima do gasto médio de R$ 304 no ano passado.

China alega que passou os EUA em número de internautas

A China alegou, nesta quinta-feira, que registrou, no mês de fevereiro, a marca de 221 milhões de usuários de internet, volume que levaria o país à liderança mundial em número de internautas, superando os Estados Unidos – cujo último registro era de 215 milhões de usuários. Foi o que afirmou o Ministério da Informação da China à agência de notícias Xinhua.

Os dados estatísticos oficiais confirmariam estudos realizados recentemente pela China nos Estados Unidos, o que, segundo analistas, seria uma contradição em torno do país comunista conhecido por limitar o acesso da população à internet.

De acordo com o governo, o número de usuários de internet na China cresce a um ritmo muito rápido – os números referentes a fevereiro representam 15 milhões de novos internautas a cada dois meses – apenas de se manter abaixo da média de crescimento mundial. O volume de usuários equivale a 16% da população economicamente ativa na China, contra 19,1% da média mundial.